Após tratamento veterinário e muito carinho, Tamanduá Chica foi devolvida à natureza
Após tratamento veterinário e muito carinho, Tamanduá Chica foi devolvida à natureza
Voluntários da Ong SOS Pinguim e profissionais da Clínica Veterinária D. Chica, da Ilha Comprida, realizaram na manhã de quinta 12/01 a soltura da Tamanduá Mirim Chica, recolhida após possível atropelamento em dezembro, em Iguape. Chica, como foi batizada em homenagem ao nome da Clínica que a atendeu voluntariamente, foi internada, passou por tratamento intensivo e, recuperada, foi devolvida à natureza, em Iguape, – em lugar seguro – na manhã desta quinta 12/01.
Segundo o técnico ambiental Cristian Negrão, da Ong SOS, quando foi encontrada em Iguape pelo casal Celso Kiohara e Rosiele Kiohara, Chica estava em difícil estado com machucados na cabeça e nas patas provavelmente em decorrência de um atropelamento. Na Clínica D. Chica, em Ilha Comprida, a Tamanduá recebeu tratamento veterinário até sua recuperação. “ Em nome do Grupo SOS Pinguim de Ilha Comprida, agradeço ao meu amigo Rodrigo, família e profissionais da Casa de Ração Dona Chica do município de Ilha Comprida, por atender o tamanduá-Mirim com muita competência e carinho”, agradeceu Cristian Negrão.
Além de Cristian, acompanharam a soltura o médico veterinário Manuel e o técnico Rodrigo. Cristian explicou que os Tamanduás atuam na natureza como controladores ambientais de formigas e cupins . Suas habilidades em capturar insetos são tamanhas, que algumas tribos de índios utilizam esse animal como uma espécie de inseticida natural. Para conseguir fixar rapidamente os insetos e trazê-los para a boca, o tamanduá-mirim conta com uma saliva grossa e pegajosa que funciona mais ou menos como uma cola.
Como curiosidade, os tamanduás são banguelas, e passam a vida inteira sem nenhum dente na boca. São os únicos mamíferos terrestres que não possuem dentes – e eles parecem não fazer diferença na vida do tamanduá-mirim. A ausência de dentes provavelmente faz parte de um interessante processo evolutivo muito inteligente. Afinal de contas, os tamanduás não precisam de grande esforço para se alimentar de insetos.